Com 11 cientistas a bordo, 1 realizadora e 4 tripulantes, a Expedição COASTANTAR 2024 decorreu a bordo do veleiro de 24 metros "El Doblón", tendo realizado amostragens no mar e em terra entre a ilha do Rei Jorge e a Base norte-americana de Palmer.

A equipa iniciou a missão no dia 1 de fevereiro na Península Fildes, onde esteve a realizar trabalhos em terra. No dia 9 de fevereiro, com alguns dias de atraso, a equipa foi recolhida pelo veleiro e iniciou a expedição que se prolongou até dia 23 de fevereiro. Alguns membros regressaram nessa data ao Chile e encontram-se ainda em viagem, enquanto outros permaneceram mais alguns dias em Fildes, a terminar os trabalhos e estão agora também de regresso.

Gonçalo Vieira, coordenador da expedição relata que "a Expedição COASTANTAR 2024 foi muito bem sucedida, tendo ficado demonstrado que é exequível um programa polar nacional realizar uma missão científica interdisciplinar a bordo de um veleiro. Fizemos todo o trajeto previsto e recolhemos muitos dados novos e de grande valor científico para os 10 projetos a bordo. Muitos dados recolhidos mostram elevado potencial científico, mas ainda é cedo para avaliar os resultados, que irão sendo conhecidos ao longo dos próximos meses. A missão num veleiro acarreta muitos desafios. Sendo uma equipa tão diversa e internacional, com atividades no mar e em terra, e com todas as limitações da meteorologia e gelo no mar, esses desafios foram ainda maiores.

Mas toda a equipa considerou a missão extremamente positiva, que foi uma aprendizagem única e que este é um modelo com grande potencial. Percebemos também que é preciso ainda afinar alguns processos, estender a duração das missões e, talvez, visitar menos locais, de modo a garantir mais tempo em cada um deles. Nas próximas semanas faremos um balanço mais aprofundado e reportaremos também as aprendizagens adquiridas, para que possam ser usadas para expedições científicas futuras.”

A Expedição COASTANTAR 2024 foi organizada pelo Programa Polar Português (PROPOLAR) e pelo Colégio de Ciências Polares e Ambientes Extremos da Universidade de Lisboa (POLAR2E) e foi co-financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Universidade de Lisboa.